segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Sistema linfático

O sistema linfático é uma rede complexa de órgãos linfóides, linfonodos, ductos linfáticos, tecidos linfáticos, capilares linfáticos e vasos linfáticos que produzem e transportam o fluido linfático (linfa) dos tecidos para o sistema circulatório. O sistema linfático é um importantecomponente do sistema imunológico, pois colabora com glóbulos brancos para proteção contra bactérias e vírus invasores.

O sistema linfático possui três funções interrelacionadas: remoção dos fluidos em excesso dos tecidos corporais, absorção dos ácidos graxos e transporte subsequente da gordura para o sistema circulatório e, produção de células imunes (como linfócitos, monócitos e células produtoras de anticorpos conhecidas como plasmócitos).

A linfa é um líquido transparente e esbranquiçado, levemente amarelado ou rosado, alcalino e de sabor salgado, constituído essencialmente pelo plasma sanguíneo, proteínas e por glóbulos brancos. A linfa é transportada pelos vasos linfáticos em sentido unidirecional e filtrada nos linfonodos (também conhecidos como nódulos linfáticos ou gânglios linfáticos). Após a filtragem, é lançada no sangue, desembocando nas grandes veias torácicas.

Os vasos linfáticos têm a função de drenar o excesso de líquido que sai do sangue e banha as células. Esse excesso de líquido que circula nos vasos linfáticos e é devolvido ao sangue chama-se linfa.

Circulação linfática

A circulação linfática é responsável pela absorção de detritos e macromoléculas que as células produzem durante seu metabolismo, ou que não conseguem ser captadas pelo sistema sanguíneo.

O sistema linfático coleta a linfa por difusão pelos capilares linfáticos e a retorna para dentro do sistema circulatório. Uma vez dentro do sistema linfático, o fluido é chamado de linfa e tem sempre a mesma composição que o fluido intersticial.

Produzida pelo excesso de líquido que sai dos capilares sanguíneos ao espaço intersticial ou intercelular, sendo recolhida pelos capilares linfáticos que drenam aos vasos linfáticos mais grossos até convergir em condutos que se esvaziam nas veias subclávias.

A linfa percorre o sistema linfático graças a débeis contrações dos músculos, da pulsação das artérias próximas e do movimento das extremidades. Se um vaso sofre uma obstrução, o líquido se acumula na zona afetada, produzindo-se um inchaço denominado edema.

Pode conter micro-organismos que, ao passar pelo filtros dos linfonodos (gânglios linfáticos) e baço são eliminados. Por isso, durante certas infecções pode-se sentir dor e inchaço nos gânglios linfáticos do pescoço, axila ou virilha, conhecidos popularmente como "íngua".


O sistema linfático humano.

Ao contrário do sangue, que é impulsionado através dos vasos através da força do coração, o sistema linfático não é um sistema fechado e não tem uma bomba central. A linfa depende exclusivamente da ação de agentes externos para poder circular. A linfa move-se lentamente e sob baixa pressão devido principalmente à compressão provocada pelos movimentos dos músculos esqueléticos que pressiona o fluido através dele. A contração rítmica das paredes dos vasos também ajuda o fluido através dos capilares linfático. Este fluido é então transportado progressivamente para vasos linfáticos maiores acumulando-se no ducto linfático direito (para a linfa da parte direita superior do corpo) e no duto torácico (para o resto do corpo); estes dutos desembocam no sistema circulatório na veia subclaviana esquerda e a direita. A linfa segue desta forma em direção ao abdome, onde será filtrada e eliminará as toxinas com a urina e fezes.

Ao caminharmos, os músculos da perna comprimem os vasos linfáticos, deslocando a linfa em seu interior. Outros movimentos corporais também deslocam a linfa, tais como a respiração, atividade intestinal e compressões externas, como a massagem. Permanecer por longos tempos parado em uma só posição faz com que a linfa tenha a tendência a se acumular nos pés, por influência da gravidade, causando inchaço.

Função de transporte de ácidos graxos

Os vasos linfáticos estão presentes no revestimento do trato gastrintestinal. Enquanto a maioria dos outros nutrientes absorvidos pelo intestino delgado são conduzidas para serem processadas pelo fígado via portal venoso, as gorduras passam pelo sistema linfático, para serem transportadas para a circulação sanguínea via ducto torácico. O enriquecimento da linfa originada nos vasos linfáticos do intestino delgado é chamado de quimo. Os nutrientes que são recuperados pelo sistema circulatório são processados pelo fígado, tendo passado através do sistema circulatório. A linfa é um sistema de uma via (fluido intersticial para o sangue).

Órgãos linfáticos

O baço, linfonodos e acessórios do tecido linfático são órgãos secundários do tecido linfático. Esses órgãos contém uma armação que suporta a circulação dos linfócitos-T e –B e outras células imunológicas tais como os macrófagos e células dendríticas. Quando micro-organismos invadem o corpo ou ele encontra outro antígeno (tal como o pólen), os antígenos são transportados do tecido para a linfa. A linfa é conduzida pelos vasos linfáticos para o linfonodo regional. No linfonodo, os macrófagos e células dendríticas fagocitam os antígenos, processando-os, e apresentando os antígenos para os linfócitos, os quais podem então iniciar a produção de anticorpos ou servir como células de memória para reconhecer o antígeno novamente no futuro.

Grupo sanguíneo

Distribuição dos principais tipos sanguíneos na população mundial.[carece de fontes?]

Os grupos sanguíneos ou tipos sanguíneos foram descobertos no início do século XX (cerca de 1900 - 1901), quando o cientista austríaco Karl Landsteiner se dedicou a comprovar que havia diferenças no sangue de diversos indivíduos.[1] Ele colheu amostras de sangue de diversas pessoas, isolou os glóbulos vermelhos (hemácias) e fez diferentes combinações entre plasma e hemácias, tendo como resultado a presença de aglutinação dos glóbulos em alguns casos, e sua ausência em outros. Landsteiner explicou então por que algumas pessoas morriam depois de transfusões de sangue e outras não. Em 1930 ele ganhou o Prêmio Nobel por esse trabalho.

Os tipos sanguíneos são determinados pela presença, na superfície das hemácias, de antígenos que podem ser de natureza bioquímica variada, podendo ser compostos por carboidratos, lipídeos, proteínas ou uma mistura desses compostos. Estes antígenos eritrocitários são independentes do Complexo principal de histocompatibilidade (HLA), o qual determina a histocompatibilidade humana e é importante nos transplantes.

Compatibilidade dos glóbulos vermelhos

  • Grupo sanguíneo AB: Indivíduos têm tanto antígenos A quanto B na superfície de suas RBCs, e o soro sanguíneo deles não contem quaisquer anticorpos dos antígenos A ou B. Assim, alguém com tipo de sangue AB pode receber sangue de qualquer grupo (com AB preferível), mas só pode doar sangue para outros com o tipo AB.
  • Grupo sanguíneo A: Indivíduos têm o antígeno A na superfície de suas RBCs, e o soro sanguíneo contido na Imunoglobulina M são anticorpos contra o antígeno B. Assim, uma pessoa do grupo A pode receber sangue só de pessoas dos grupos A ou O (com A preferível), e só pode doar sangue para indivíduos com o tipo A ou AB.
  • Grupo sanguíneo B: Indivíduos têm o antígeno B na superfície de seus RBCs, e o soro sanguíneo contido na Imunoglobulina M são anticorpos contra o antígeno A. Assim, alguém do grupo B pode receber sangue só de indivíduos de grupos B ou O (com B preferível), e pode doar sangue para indivíduos com o tipo B ou AB.
  • Grupo sanguíneo O (ou grupo sanguíneo zero em alguns países): Indivíduos não possuem antígenos nem A ou B na superfície de suas RBCs, mas o soro sanguíneo deles contêm Imunoglobulina M com anticorpos anti-A e anti-B contra os grupos antígenos A e B. Portanto, alguém do grupo O pode receber sangue só de alguém do grupo O, mas pode doar sangue para pessoas com qualquer grupo ABO (ou seja, A, B, O ou AB). Se qualquer um precisar de uma transfusão de sangue em uma emergência, e se o tempo necessário para processar o recebedor do sangue causaria um atraso prejudicial, o sangue O- (O Negativo) pode ser emitido.

Tabela de compatibilidade de células de glóbulos vermelhos
Receptor Doador

O− O+ A− A+ B− B+ AB− AB+
O− Sim






O+ Sim Sim





A− Sim
Sim




A+ Sim Sim Sim Sim



B− Sim


Sim


B+ Sim Sim

Sim Sim

AB− Sim
Sim
Sim
Sim
AB+ Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Compatibilidade de plasma

Os receptores podem receber plasma do mesmo grupo sanguíneo, mas de outro modo, a compatibilidade doador-receptor para o plasma sanguíneo é o inverso do que o RBC: plasma extraído do sangue tipo AB pode ser transfundido para pessoas de qualquer grupo sanguíneo; indivíduos do grupo sangüíneo O podem receber de qualquer grupo sanguíneo e do pessoas do tipo O podem doar apenas para destinatários do tipoO.
Tabela de compatibilidade de plasma:
Receptor Doador[1]

O A B AB
O Sim


A Sim Sim

B Sim
Sim
AB Sim Sim Sim Sim

Anticorpos Rh D são incomuns, geralmente nem RhD negativo nem RhD positivos contem anticorpos anti-RhD. Se um potencial doador é encontrado tendo anticorpos anti-RhD ou qualquer atípico grupo sanguíneo de anticorpos para a triagem de anticorpos do banco de sangue, ele normalmente não é aceito como doador (ou em alguns bancos de sangue, o anticorpo é retirado dele e propriamente rotulados); e, portanto, o doador do banco de sangue pode ser selecionado por ser livre de anticorpos RhD e de outros incomuns, e assim doar para receptores que possuem estes anticorpos, sendo eles negativos ou positivos, enquanto o plasma sanguíneo ABO e do receptor forem compatíveis.

Plaqueta sanguínea

A plaqueta sanguínea ou trombócito é um fragmento de célula presente no sangue que é formado na medula óssea. A sua principal função é a formação de coágulos, participando portanto do processo de coagulação sanguínea.

Uma pessoa normal tem entre 150.000 e 400.000 plaquetas por mm³ de sangue. Sua diminuição ou disfunção pode levar a sangramentos, assim como seu aumento pode aumentar o risco de trombose.

  • Trombocitopenia (ou plaquetopenia) é a diminuição do número de plaquetas no sangue.
  • Trombocitose (ou plaquetose) é o aumento do número de plaquetas no sangue.

Estrutura

As plaquetas são fragmentos de megacariócitos (células da medula óssea). São anucleadas, isto é, desprovidas de núcleo (assim como as hemácias), medem de 1,5 - 3,0 micrômetros de diâmetro e circulam no sangue com o formato de disco achatado quando não estão estimuladas. Quando estimuladas, as plaquetas podem atuar na coagulação sangüínea das formas física(quando sua estrutura celular interage fisicamente com algumas fibras para fim de diminuição da emorragia) e química(quando há liberação de fatores de coagulação, por exemplo).

As plaquetas contêm RNA, mitocôndria, um sistema canicular, e vários tipos de grânulos; lisossomos (contendo ácido hidrólico), corpos densos

Produção

Formada na medula óssea, as células que geram a formação das plaquetas são os megacariócitos. Megacariócito é uma célula grande e multinucleada e as plaquetas nada mais são do que fragmentos do seu citoplasma. Sua produção é estimulada pelo hormônio trombopoietina, formado no fígado.

Circulação

A plaqueta circula no sangue durante 5 dias, em média. Depois disso, ela é sequestrada pelo baço e destruída pelo mesmo. Quando o baço está com sua função afetada ou quando uma pessoa retirou o baço (paciente esplenectomizado) ocorre um aumento do número de plaquetas. No caso de uma pessoa com hiperesplenismo (atividade aumentada do baço) ocorre uma diminuição do número de plaquetas.

Função

As plaquetas participam na formação da rolha hemostática, são ativadas por exposição ao colágeno. Depois que ocorre a ativação, elas se aderem ao subendotélio lesado, ali se acumulam e se ligam entre si formando um trombo que é posteriormente estabilizado.

Ativação plaquetária

Após a adesão das plaquetas ao subentotélio, novas plaquetas são ativadas e acabam aderindo a essas plaquetas. Durante esta ativação, as plaquetas mudam sua forma, emitindo pseudópodes e se agregam. Os grânulos plaquetários são liberados.
Leucócito

Os leucócitos [De leuc(o)-, branco + -cito, célula; f.hist. 1873 leucocyto], também conhecidos

por glóbulos brancos, são células produzidas na medula óssea e presentes no sangue, linfa, órgãos linfóides e vários tecidos conjuntivos. Um adulto normal possui entre 3.800 e 9.800 mil leucócitos por microlitro (milímetro cúbico) de sangue.

Os leucócitos (ou glóbulos brancos), têm a função de combater microorganismos causadores de doenças por meio de sua captura ou da produção de anticorpos. Por isso, o aumento de tamanho de gânglios, principalmente aqueles localizados logo abaixo da pele, revela a existência da uma infecção em ação, em alguma parte do corpo. Não são como as células normais do corpo. Na verdade agem como organismos vivos independentes e unicelulares capazes de se mover e capturar coisas por conta própria. As células comportam-se, de certo modo, como amebas em seus movimentos e são capazes de absorver outras células e bactérias. Algumas delas não podem se dividir e se reproduzir por conta própria, mas são produzidas pela medula óssea. Geralmente um indivíduo produz aproximadamente 100 milhões

Tipos de leucócitos

Os leucócitos dividem-se em três classes:

  • Os granulados constituem 50% a 60% de todos os leucócitos. Têm esse nome porque contêm grânulos com diferentes substâncias químicas, dependendo do tipo da célula. Dividem-se em três classes: neutrófilos, eosinófilos e basófilos.
  • Os linfatico ou agranulados constituem 30% a 40% de todos os leucócitos. Os linfócitos se dividem em dois subtipos principais: células B (as que amadurecem dentro da medula óssea) e as células T (aquelas que amadurecem no timo).
  • Os monócitos constituem até 7% de todos os leucócitos. Os monócitos se transformam em macrófagos.

Todas as células sanguíneas brancas começam na medula óssea como as células-tronco. As células-tronco são células genéricas que podem se transformar em diferentes tipos de leucócitos a medida que amadurecem.Por exemplo, podemos pegar um camundongo, irradiá-lo para injetar células-tronco na corrente sanguínea. As células-tronco se dividirão e se transformarão em todos os tipos diferentes de células sanguíneas brancas.

Um transplante de medula óssea é simples: injeta células-tronco de um doador dentro da corrente sanguínea. As células-tronco encontram seu caminho para dentro da medula e fazem dela seu lar .

Sangue

O sangue é um tecido conjuntivo líquido que circula pelo sistema vascular sanguíneo dos animais vertebrados. O sangue é produzido na Medula óssea vermelha e tem como função a manutenção da vida do organismo por meio do transporte de nutrientes, toxinas (metabólitos), oxigênio e gás carbônico. O sangue é constituído por diversos tipos de células, que constituem a parte "sólida" do sangue. Estas células estão imersas em uma parte líquida chamada plasma. As células são classificadas em Leucócitos (ou Glóbulos Brancos), que são células de defesa; eritrócitos (glóbulos vermelhos ou hemácias), responsáveis pelo transporte de oxigênio; e plaquetas (fatores de coagulação sanguínea).

Podemos encontrar os mesmos componentes básicos do sangue em anfíbios, répteis, aves e mamíferos (entre eles, o ser humano).

Composição do sangue

→ 45% de elementos figurados (células): Hemácias, leucócitos e plaquetas.
→ 15% de plasma (substância intercelular).
→ 40% de orgão (maior tecido orgaminoso do corpo humano).

→ função: realizar a respiração celular, ao transportar oxigênio e parte de gás carbônico pela hemoglobina. São estocadas no baço, que por sua vez tem duas funções: liberar hemácias sadias (por ex., ao se fazer esforço físico) e destruir hemácias velhas, reciclando a hemoglobina.
→ Em mamíferos são anucleadas (sem núcleo), o que reduz sua meia-vida para 120 dias.

→ função: imunológica ou de defesa do organismo.
→ São classificados em neutrófilos, monócitos, basófilos, eosinófilos, linfócitos. Cada qual tem uma função específica e um mecanismo diferente de combater um agente patogênico (bactérias, vírus etc)

→ São fragmentos de células da medula óssea chamadas megacariócitos.
→ função: realizar a coagulação sanguínea.

→ função: transporte (de hemácias, leucócitos, plaquetas e outras substâncias dissolvidas, como proteínas (albumina, responsável pela manutenção da pressão osmótica sanguínea; anticorpos; fibrinogênio); nutrientes (glicose, aminoácidos, ácidos graxos); excretas (uréia, ácidos úricos, amônia); hormônios (testosterona, adrenalina); imuneglobulinas (ou anticorpos); sais/íons (sódio, potássio); gases (na forma de ácido carbônico ou H2CO3). O plasma transporta essas substâncias por todo organismo, permitindo às células a receber nutrientes e excretar e/ou secretar substância geradas no metabolismo.
→ Composição: cerca de 90% de água; 10% outras substâncias


Simples diagrama dos vasos sanguíneos de um humano.

Os vasos sanguíneos são órgãos em forma de tubos que se ramificam por todo o organismo da maior parte dos seres-vivos, como o ser humano, por onde circula o sangue: artérias, arteríolas, vênulas, veias e capilares.

As artérias, arteríolas, veias e capilares sanguíneos, em conjunto, têm o comprimento de 160 000 km.

São artérias que dão passagem ao sangue. O sangue é lançado na artéria aorta. Ela se ramifica e forma artérias menores que se distribuem ao corpo, elas se chamam arteriólas, elas se ramificam pelo corpo e viram menores ainda (microscópicas) e são chamadas de capilares.

Artéria

Artérias são vasos sanguíneos que carregam sangue a partir dos ventrículos do coração para todas as partes do nosso corpo. Elas se contrastam com as veias, que carregam sangue em direção aos átrios do coração.

O sistema circulatório é extremamente importante para a manutenção da vida. O seu funcionamento adequado é responsável por levar oxigênio e nutrientes para todas as células, assim como remover dióxido de carbono (CO2) e produtos metabólicos, manter o pH ótimo, e a mobilidade dos elementos, proteínas e células do sistema imune. As duas principais causas de morte em países desenvolvidos, o infarto do miocárdio e o ataque cardíaco, podem ser resultado direto de um sistema arterial que tenha sido lentamente e progressivamente comprometido pelos anos de deterioração

.

Descrição

O sistema arterial é a porção de alta pressão do sistema circulatório. A pressão arterial varia entre a máxima pressão durante a contração cardíaca, chamada de pressão sistólica, e a mínima, ou pressão diastólica, entre as contrações, quando o coração descansa entre os ciclos. Essa variação de pressão nas artérias produz uma pulsação que é observável em qualquer artéria, e é um indicador da atividade cardíaca. A parede das artérias é espessa, formada de tecido muscular elástico. Artérias finas são chamadas de arteríolas. As veias são vasos que trazem o sangue para o coração.Internamente são providas de valvas que impedem o refluxo do sangue.Como artérias,também se ramificam em vasos de menor calibre,as vênulas.Tem paredes mais finas que artérias,porém seu diâmetro interno é maior.

Artérias pulmonares

As artérias pulmonares carregam sangue pobre em oxigênio (que recém retornou do corpo) para os pulmões, onde o dióxido de carbono é trocado por oxigênio.

Artérias sistêmicas

As artérias sistêmicas levam sangue para as arteríolas, e então para os capilares, onde os nutrientes e gases são trocados.

Artéria aorta

A aorta é artéria raiz do sistema arterial. Ela recebe sangue diretamente do ventrículo esquerdo do coração através da valva aórtica. Já que a aorta, que é a mais calibrosa do corpo, se ramifica em outras artérias, e essas artérias por sua vez também se ramificam, elas vão reduzindo sucessivamente o seu diâmetro, até virar arteríolas. As arteríolas suprem os capilares que por sua vez se transformam em vênulas.

Arteríolas

As arteríolas, as ramificações das artérias , ajudam a regular a pressão sanguínea e levar sangue aos capilares.

Arteríolas e pressão sanguínea

As arteríolas têm a maior influência coletiva tanto no fluxo sanguíneo local quanto na pressão sanguínea geral. Elas são os primeiros "esguichos ajustáveis" do sistema sanguíneo, nas quais a primeira grande queda da pressão ocorre. O balanço entre a pressão de saída do coração e a resistência periférica total, que se refere à resistência coletiva de todas as arteríolas do corpo, é o principal determinante da pressão sanguínea arterial em qualquer momento.

Capilares

Embora não sejam considerados artérias verdadeiras, os capilares são o local onde ocorre a ação mais importante do sistema circulatório: as trocas de gases e nutrientes.

Funções dos capilares

As hemácias circulam por dentro das artérias
Os capilares não têm musculatura lisa os envolvendo e apresentam um diâmetro menor do que o das células vermelhas do sangue (hemácias); uma hemácia tem aproximadamente 0,008 milimetros de diâmetro externo, ao passo que os capilares têm tipicamente 0,006 milimetros de diâmetro interno. Desta maneira, as hemácias têm de sofrer uma pequena deformação para poderem passar através dos capilares.

Arteríola

As arteríolas são vasos sanguíneos de dimensão pequena que resultam de ramificações das artérias. Através das artérias o sangue é libertado para os capilares. Regulam principalmente a resistência ao fluxo sanguineo, e, portanto, a pressão sanguínea periférica. O músculo está reduzido a algumas camadas, que se irradiam progressivamente. Embora as arteríolas possam ser pouco mais amplas que os capilares nos quais se abrem, distinguem-se destes pela retenção de um certo montante de músculo na parede. Os esfíncteres ao redor das aberturas dos capilares constituem o meio para determinar a fração do leito capilar, que se abre para perfusão em qualquer momento.

Vénula

Uma vênulaPB ou vénulaPE é um pequeno vaso sanguíneo que faz o sangue pobre em oxigênio retornar dos capilares para as veias. Participam nos intercâmbios entre os tecidos e o sangue e nos processos inflamatórios, e podem influenciar o fluxo de sangue nas arteríolas através da produção e secreção de substâncias vasoativas difusíveis.

As vênulas apresentam diâmetro de 0,2 a 1 milímetro e têm por três camadas: um endotélio composto de células epiteliais escamosas que agem como uma membrana, uma camada média de musculatura e tecido elástico e uma camada externa de tecido conjuntivo fibroso. A camada média é pobremente desenvolvida de modo que as vênulas têm paredes mais finas que as arteríolas. As venículas com diâmetro de até 50 nm apresentam estruturas semelhantes à dos capilares.

Veia

No sistema circulatório, uma veia é um vaso sanguíneo que leva sangue em direção ao coração. Os vasos que carregam sangue para fora do coração são conhecidos como artérias.

O estudo das veias e doenças das veias é conhecido como flebologia e é uma disciplina que vem sendo desenvolvida através de uma variedade de cientistas de diferentes áreas. A American Medical Association adicionou a flebologia à sua lista de especialidades médicas auto-designadas.

Função

As veias servem para levar o oxigênio dos órgãos de volta ao coração. Na circulação sistêmica o sangue oxigenado é bombeado para as artérias pelo ventrículo esquerdo até os músculos e órgãos do corpo, onde seus nutrientes e gases são trocados nos capilares, entrando nas veias contendo restos celulares e dióxido de carbono. O sangue pobre em oxigênio é recolhido pelas veias e levado até o átrio direito do coração, que transfere sangue para o ventrículo direito, onde é então bombeado para as artérias pulmonares e finalmente aos pulmões. Na circulação pulmonar as veias pulmonares trazem o sangue oxigenado dos pulmões para o átrio esquerdo, que desemboca no ventrículo esquerdo, completando o ciclo da circulação sanguínea.

O retorno do sangue para o coração é auxiliado pela ação do bombeamento de músculos esqueléticos, que ajudam a manter extremamente baixa a pressão sanguínea do sistema venoso.

Capilar sanguíneo

Os capilares sanguíneos, ou vasos capilares, são vasos sanguíneos do sistema circulatório com forma de tubos de pequeníssimo calibre. Constituem a rede de distribuição e recolhimento do sangue nas células. Estes vasos estão em comunicação, por um lado, com ramificações originárias das artérias e, por outro, com as veias de menor dimensão. Os capilares existem em grande quantidade no nosso corpo. Podem deformar-se com muita facilidade e impedir a passagem de glóbulos vermelhos. A parede dos capilares é constituída por uma única camada de células que é a túnica íntima (ou interna) das artérias. É nas paredes dos capilares que ocorrem as trocas dos gases. Suas paredes são de tecido epitelial. Esses microvasos têm diâmetro entre 5 e 10 μm e conectam arteríolas e veias, possibilitam a troca de água, oxigênio, dióxido de carbono, vários outros nutrientes e resíduos químicos entre o sangue e tecidos ao seu redor.

Coração humano


Coração Humano vista frontal

O coração humano é o órgão responsável pelo percurso do sangue bombeado através de todo o organismo, que é feito em aproximadamente 45 segundos em repouso. Bate cerca de 100 000 vezes por dia, bombeando aproximadamente 7 500 L de sangue.

Neste tempo o órgão bombeia sangue suficiente a uma pressão razoável, para percorrer todo o corpo nos sentidos de ida e volta, transportando assim, oxigênio e nutrientes necessários às células que sustentam as atividades orgânicas.


O coração é o órgão central da circulação, localizado na caixa torácica, levemente inclinado para esquerda e para baixo (mediastino médio), sendo constituído por uma massa contráctil, o miocárdio, revestido interiormente por uma membrana fina, o endocárdio, é envolvido por um saco fibro-seroso, o pericárdio. O coração é constituído por duas porções: a metade direita ou coração direito, onde circula o sangue venoso e a metade esquerda, onde circula sangue arterial. Cada uma destas metades do coração é constituída por duas cavidades, uma superior - a aurícula - e uma inferior - o ventrículo. Estas cavidades comunicam entre si pelos orifícios auriculo-ventriculares. As duas aurículas encontram-se separadas pelo septo interauricular e os dois ventrículos pelo septo interventricular. Na cavidade atrioventricular esquerda encontra-se a valva mitral, e no orifício atrioventricular direito a valva tricúspide (são valvas que se abrem em direção ao ventrículo e se fecham para evitar o refluxo do sangue). A circulação sanguínea é assegurada pelo batimento cardíaco, ou seja, o batimento do coração, que lança o sangue nas artérias. O coração é um órgão [músculo|musculoso] que, no Homem, tem o tamanho aproximado de um punho.


Constituição

A parte musculosa do coração tem o nome de miocárdio ou músculo cardíaco.


Algumas artérias coronárias do coração Humano

O coração humano apresenta quatro partes ou cavidades: na parte superior estão as aurículas, divididas entre a direita e a esquerda, na parte inferior estão os ventrículos, também direito e esquerdo.

Na metade direita do coração só circula sangue venoso, na esquerda sangue arterial. A circulação do sangue nestas quatro cavidades está controlada pelas válvulas. As válvulas também servem de meio de comunicação entre as aurículas e os ventrículos.

A parte direita do coração está separada da parte esquerda por um septo.

O pericárdio é a membrana que reveste todo o coração. O endocárdio é a membrana que reveste o interior do coração.

Externamente, encontramos a circulação coronariana, formada pelas artérias e veias coronárias, sendo estas primeiras originárias da aorta, levam o sangue oxigenado para toda a musculatura do coração.

Funcionamento

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  1. Átrio direito
  2. Átrio esquerdo
  3. Veia cava superior
  4. Aorta
  5. Artéria pulmonar
  6. Veia pulmonar
  7. Valva mitral (aurículo-ventricular)
  8. Valva aórtica
  9. Ventrículo esquerdo
  10. Ventrículo direito
  11. Veia cava inferior
  12. Valva tricúspide (aurículo-ventricular)
  13. Valva aorta (pulmonar)

O coração está constantemente a contrair e a relaxar, para bombear todo o sangue do nosso corpo. É uma bomba hidráulica, em que os tubos de saída são as artérias e os tubos de entrada as veias; o líquido que anda a circular é o sangue. Seu sincronismo atua como se fossem duas bombas trabalhando simultaneamente. Uma das bombas engloba a aurícula e o ventrículo direitos e a outra a aurícula e o ventrículo esquerdos. A função da aurícula e do ventrículo direitos é arrastar o sangue para os pulmões, onde se liberta o dióxido de carbono e se fornece de oxigênio. Por outro lado, a aurícula e o ventrículo esquerdos têm o trabalho de arrastar o sangue enriquecido de oxigênio para todas as partes do corpo.