terça-feira, 14 de setembro de 2010

Sentido

Do ponto de vista da biologia e ciências cognitivas, os sentidos são os meios através dos quais os seres vivos percebem e reconhecem outros organismos e as características do meio ambiente em que se encontram. O adjetivo correspondente aos sentidos é sensorial.

Os animais normalmente têm órgãos especializados para essas funções. No Humano, são geralmente considerados cinco sentidos e os órgãos onde residem:

Tato

O Tato é um dos cinco sentidos clássicos propostos por Aristóteles, ainda que hoje em dia a definição tenha sofrido algumas alterações. Enquanto que Aristóteles incluía a percepção da temperatura e da dor, hoje em dia o termo é mais utilizado para a percepção da pressão por terminações nervosas existentes na pele.Discute-se ainda o fato de existirem receptores nervosos diferenciados para vários tipos de pressão: pressão ligeira e intensa ou pressão breve e permanente - o que implicaria, talvez, a subdivisão deste sentido noutros. A complexidade do estudo deste sentido aumenta se pensarmos que também existem receptores distintos que detectam a pressão visceral, como quando estamos de estômago cheio; ou receptores endócrinos que proporcionam a sensação de "tensão" - como quando apresentamos ansiedade ou se tomam substâncias como a cafeína.

Sensores

Para que nós sejamos capazes de obter as percepções táteis existem na pele uma série de terminações nervosas e corpúsculos. Eles são os chamados receptores táteis.

  • Corpúsculo de Vater Paccini - percepção da pressão;
  • Corpúsculo de Meissner - percepção do tato leve quando passamos ligeiramente as mãos por uma superfície, são eles os responsáveis pelas sensações que experimentamos;
  • Discos de Merkel - como os Corpúsculos de Meissner, captam toques leves;
  • Corpúsculo de Krause - percepção do frio;
  • Corpúsculo de Ruffini - percepção do calor;
  • Terminações nervosas livres (nociceptores) - terminações nervosas sensíveis aos estímulos mecânicos, térmicos e especialmente aos dolorosos. Não formam corpúsculos. É importante frisar que a dor que sentimos é sempre igual podendo variar apenas em intensidade, logo, a dor que sentimos ao quebrar um braço é igual a dor que sentimos quando recebemos um beliscão variando apenas na intensidade.

Olfato

O olfato chamado faro nos animais, é um dos cinco sentidos básicos e refere-se à capacidade de captar odores com o sistema olfactivo.No homem e demais animais superiores, o órgão olfativo se forma a partir de um espessamento epidérmico situado na região etmoidiana do crânio, a neurorecepção somente será ativada após as moléculas das substâncias odoríferas serem dissolvidas no muco que recobre a membrana pituitária.

Disfunções olfativas

As principais disfunções olfativas são:
  • anosmia (ou anodmia) perda ou diminuição drástica do olfato;
  • cacosmia alucinação olfativa transitória, onde o indivíduo percebe cheiros desagradáveis;
  • fantosmia espécie de cacosmia, onde dá-se a percepção de cheiros (bons ou ruins), sem estímulo efetivo do olfato.
  • hiperosmia excitação exagerada e anormal do olfato;
  • parosmia perversão do olfato;

O olfato e as emoções

A percepção é um processo que influi na trajectória de crescimento e reorganização do cérebro com vista a este se ir adaptando melhor ao ambiente e conseguir agir com mais eficiência inserido nele. E a parte mais antiga do cérebro, o rinencéfalo (cujo nome é composto por duas palavras significando «cheiro» e «cérebro»), que compreende as áreas olfativas e límbicas, parece ter-se desenvolvido inicialmente a partir de estruturas olfativas. O que indica que provavelmente a capacidade para experimentar e expressar emoções se terá desenvolvido a partir da habilidade para processar os odores. Só mais tarde na evolução darwiniana se parecem ter desenvolvido outras estruturas límbicas como o complexo amígdala-hipocampo.

Como no caso das emoções básicas, a resposta imediata aos odores transmite uma mensagem simples e binária: ou se gosta ou não se gosta; fazem-nos aproximar ou evitar. E verifica-se que, quando uma pessoa sofre um trauma que a faz perder o olfato, o impacto se torna por vezes devastador: as experiências de comer ou fazer amor ou mesmo passear numa manhã primaveril ficam extremamente diminuídas. E há casos em que se verifica que há uma diminuição de intensidade mesmo em todas as experiências emocionais.

As memórias que incluem lembrança de odores têm tendência para ser mais intensas e emocionalmente mais fortes. Um odor que tenha sido encontrado só uma vez na vida pode ficar associado a uma única experiência e então a sua memória pode ser evocada automaticamente quando voltamos a reencontrar esse odor. E a primeira associação feita com um odor parece interferir com a formação de associações subsequentes (existe uma interferência proactiva). É o caso da aversão a um tipo de comida. A aversão pode ter sido causada por um mal estar que ocorreu num determinado momento apenas por coincidência, nada tendo a ver com o odor em si; e, no entanto, será muito difícil que ela não volte sempre a aparecer no futuro associada a esse odor.

Audição

A audição é um dos cinco sentidos dos animais. É a capacidade de reconhecer o som emitido pelo ambiente. O órgão responsável pela audição é o ouvido, capaz de captar sons até uma determinada distância.

Audição nos mamíferos

O ouvido, que é o órgão captador da audição, divide-se em três regiões :

  • Ouvido externo: formado pelo pavilhão da orelha e pelo canal auditivo externo (meato acústico). Mostra-se fechado internamente pelo tímpano.
  • Ouvido médio: com um formato de caixa, contendo em seu interior três ossículos (martelo, bigorna e estribo) responsáveis pela condução das vibrações sonoras, levando-as de um meio de menor impedância (ar) para um meio de maior impedância (líquido). Comunica-se com o ouvido interno pelas janelas do vestíbulo e da cóclea e com a faringe por intemédio da trompa de Eustáquio ou tuba auditiva.
  • Ouvido interno: também chamado de labirinto; abrange o labirinto membranoso (contento endolinfa) e o ósseo (ou cóclea), contendo perilinfa e suspendendo o labirinto membranoso. O labirinto membranoso possui três partes: o vestíbulo, a cóclea e os canais semicirculares. Nos canais semicirculares encontram-se estruturas que permitem a percepção da posição do corpo (noção de equilíbrio), juntamente com o vestíbulo (que compreende o sáculo e o utrículo). Na cóclea está presente uma estrutura que permite a percepção dos sons, chamada de órgão de Corti.

Funcionamento

As ondas sonoras chegam até o aparelho auditivo, fazem o tímpano vibrar que, por sua vez, faz os três ossos da orelha (martelo, bigorna e estribo) vibrarem; as vibrações são passadas para a cóclea, onde viram impulsos nervosos que são transmitidos ao cérebro pelo nervo auditivo.

Paladar

O paladar é um dos cinco sentidos dos animais. É uma capacidade que nos permite reconhecer os gostos de substâncias colocadas sobre a língua. Na língua, existem as papilas gustativas que reconhecem substâncias do gosto e enviam a informação ao cérebro. Mas o tecto da boca (o palato) também é sensível aos gostos. Existem 5 gostos básicos: o amargo, o ácido, o salgado, o doce e o umami.

A língua também possui terminações nervosas livres que, quando em contato com substâncias como a capsaicina, percebem os compostos químicos. Ao conjunto das sensações de gosto e aroma dá-se o nome de sabor. É por isso que, quando estamos resfriados, a comida nos parece sem sabor, embora o seu paladar continue presente.

As papilas gustativas são estruturas compostas por células sensoriais que transmitem ao cérebro informações que o permitem identificar os gostos básicos: o amargo, o ácido, o salgado e o doce. As substâncias do gosto se ligam (aminoácidos e adoçantes) ou penetram (íon hidrogênio e íon sódio) na célula sensorial desencadeando um processo que resulta na liberação de neurotransmissores. Os padrões de sinais gerados e transmitidos até o cérebro a partir da liberação desses neurotransmissores permitem a identificação do tipo de gosto. Embora existam vários tipos de papilas, e elas se concentrem em determinadas regiões da língua, as células sensoriais são capazes de transmitir informações sobre todos os tipos de gostos.

Quando determinada substância não provoca reações sensitivas nos órgãos do paladar, diz-se que é insípida.

Visão

A visão (a vista) é um dos cinco sentidos que permite aos seres vivos dotados de órgãos adequados, aprimorarem a percepção do mundo.

No entanto, os neuroanatomistas consideram que a visão engloba dois sentidos, já que são diferentes os receptores responsáveis pela percepção da cor (i.e. pela estimativa da frequência dos fotões de luz), os cones e pela percepção da luminosidade (i.e. pela estimativa do número de fotões de luz incidente), os bastonetes.

A olho nu

Vista desarmada ou a olho nu, são expressões que significam olhar sem o uso de instrumentos. A visão humana pode ser ampliada quando os olhos são armados com instrumentos ópticos como o (MOC) microscópio óptico comum ou como o (ME) microscópio eletrônico que ampliam a visão de forma a nos permitir enxergar micróbios e corpos microscópicos que são corpos muito pequenos impossíveis de serem avistados a olho nú ou seja sem armar os olhos com esses instrumentos. A visão humana pode ser armada também com telescópios para poder enxergar os corpos muito distantes como estrelas situadas em outras galáxias muito distantes do planeta Terra. A visão humana pode ser armada com outros instrumentos também como binóculos infra-vermelho que nos permite ter uma visão noturna, o ambiente noturno é iluminado com um farol especial que emite só essa freqüência de luz infra-vermelha a qual é invisível a olho nú e mesmo que alguém esteja olhando diretamente para esse farol aceso no escuro, não vê luz alguma mas, o observador armado com o binóculo infra-vermelho capta essa luz infravermelha que reflete em todos os corpos no ambiente escuro e assim consegue enxergar tudo, embora tudo esteja no escuro e, com esses binóculos visualizam também a luz infra-vermelha que é emitida pelos corpos que estão emitindo calor, permitindo assim distinguir no escuro os corpos mais quentes dos corpos mais frios. Existem outros instrumentos e aparelhos que nos permitem a visão de raios X, a visão através da imunofluorescência, a visão através da ressonância magnética dentre outras técnicas mais sofisticadas ainda que são utilizadas tanto pela astronomia quanto pela medicina para diagnósticos por imagem:

  • Instrumentos ópticos comuns, exemplos:
    • Lupa, óculos, binóculos, lunetas, microscópios ópticos, telescópios ópticos.
  • A visão humana enxerga três níveis bem distintos da realidade cósmica:
    • A visão microscópica dos corpos microscópicos visualizados só com o uso de microscópios.
    • A visão macroscópica dos corpos que podem ser visualizados a olho nú.
    • A visão telescópica dos corpos do Universo visualizados só com os telescópios.

Visão biológica

Os olhos são os órgãos sensoriais da visão, os olhos capturam a luz que incide sobre as retinas dos olhos que é uma superfície parabólica de tecido vivo formado por células fotoreceptoras de luz que captam a luz e transformam essa energia luminosa em impulsos nervosos que adentram pelo nervo óptico que leva essas informações para o cérebro, para que lá sejam interpretadas essas sensações luminosas, ou seja os olhos captam as imagens mas quem vê mesmo é o cérebro, ver com o cérebro o que significam aquelas luzes captadas pelos olhos, interpretar as formas e as cores contidas nas imagens que estão sendo captadas pelos olhos durante a visão. Por isso, no sentido mais amplo da palavra visão (de percepção visual), esta requer a intervenção de zonas especializadas do cérebro no córtex visual que analisam e sintetizam a informação recolhida em termos de forma, cor, textura, relevo, etc. A visão é por isso a percepção das radiações luminosas, compreendendo todo o conjunto de mecanismos fisiológicos e neurológicos pelos quais essas radiações determinam impressões sensoriais de natureza variada, como as cores, as formas, o movimento, a distância e as intensidades das luzes visualizadas no ambiente. O olho é a câmera deste sistema sensorial e é no seu interior que está a retina, composta de cones e bastonetes, onde se realizam os primeiros passos do processo perceptivo. A retina transmite os dados visuais, através do nervo óptico e do núcleo geniculado lateral, para o córtex cerebral. No cérebro tem então início o processo de análise e interpretação que nos permite reconstruir as distâncias, cores, movimentos e formas dos objectos que nos rodeiam.

  • Luzes visíveis a olho nu:
    • Luz vermelha;
    • Luz alaranjada;
    • Luz amarela;
    • Luz verde;
    • Luz azul;
    • Luz anil;
    • Luz violeta.
    • Luz Branca
  • Luzes visíveis com vista armada:
    • Luz ultravioleta;
    • Luz infravermelha.

A televisão e a visão digital

Televisão (do grego "tele", "distante") e (do latim "visione", visão) literalmente (visão a longa distância) é a tecnologia e o aparelho que nos permite captar e visualizar as imagens que estão sendo transmitidas pelas emissoras de TV. A visão digital através de computadores é outro tipo de "televisão" que nos permite visualizar em tempo real imagens que estão sendo captadas em lugares distantes em quaisquer localidades onde estejam instalados outros computadores equipados com instrumentos periféricos tais como câmera e monitor para captar e enviar imagens através de bits para outros computadores conectados às redes de computadores.

Articulação

As articulações são conexões habituais existentes entre dois ou mais ossos, nos vertebrados, ou entre os artículos dos apêndices dos invertebrados.

Nos vertebrados superiores, as articulações móveis estão revestidas de cartilagem e incluem bolsas de fluido lubrificante. Podem ser sinoviais, fibrosas ou cartilagíneas.

Classificação das articulações

Diartroses (móveis / sinoviais / diartroses)

Classificação de acordo com os eixos de movimento, e exemplos:
  • Uniaxial (1 eixo, 2 movimentos):
    • Gínglimo ou articulação em dobradiça (permite extensão e flexão): falanges, cotovelo.
    • Gínglimo ou dobradiça atípica: joelho (pequena rotação)
    • Trocóide ou pivô (permite movimento de rotação, onde um osso desliza sobre outro fixo):articulações rádio-ulnar e atlanto-axial.
    • Plana ou artródia (deslizamento para frente e para trás): articulações dos ossos carpais e tarsais, articulação da mandíbula.
  • Biaxial (2 eixos, 4 movimentos):
    • Condilar ou elipsóide (extremidade côncava em contato com outra convexa, limitando o movimento): articulações atlanto-occiptal e entre o punho e o carpo.
    • Selar (relacionamento de extremidades de igual curvatura, permitindo a circundação): articulação carpo-metacarpal do polegar.
  • Triaxial, esferóide ou enartrose (3 eixos, 6 movimentos): articulação do quadril.
  • Poliaxial (triaxial com maior mobilidade): articulação do ombro.

Fibrosas ou sinfibrosas

Articulação fibrosa é aquela que apresenta tecido fibroso interposto entre os ossos, podendo ser:

  • Suturas
    • Dentadas
    • Escamosas
    • Planas
  • Gonfoses – articulações fibrosas que ocorrem entre cavidades e saliências (ex. dentes e maxila, dentes e mandíbula)
  • Sindesmoses – articulações fibrosas ligadas por fibras colágenas ou lâminas de tecido fibroso - membrana interóssea (ex.rádio e ulna; tíbia e fíbula)

Cartilaginosas – apresentam cartilagem entre os ossos

  • Sincondroses – ossos que aderem por cartilagem hialina que mais tarde ossifica; Sequência: osso-cartilagem-osso (ex. sacro e cóccix)
  • Sínfises ou anfiartroses – existe uma fibrocartilagem espessa interposta; Sequência: osso-cartilagem-disco-cartilagem-osso (ex. articulações entre corpos vertebrais)

Sinartroses (imóveis / assinoviais)

  • Cavidade articular - é um espaço onde se encontra o líquido sinovial, que permite o deslizamento com um mínino de atrito e desgaste.
  • Cápsula articular - Espécie de manto que envolve a articulação prendendo-se nos ossos que se articulam.
  • Cartilagem articular - (cartilagem hialina) representa a porção do osso que não foi invadida pela ossificação.
  • Membrana sinovial - É a mais interna das camadas da cápsula articular encarregada da produção da sinóvia.

Concordantes – adaptam-se uma à outra

  • Planas ou artrodias – superfícies planas (ex. corpo da vértebra, cabeça da costela e vértebras vizinhas)
  • Enartroses ou esféróides – superfícies esféricas (ex. úmero com escápula, fémur com osso coxal)
  • Trocartroses ou trocóides – superfícies cilíndricas (ex. cabeça do rádio e ulna)
  • Trocleartroses ou ginglimos – forma de roldana (ex. úmero e ulna)
  • Condilartroses – forma de côndilo (ex. úmero e rádio)
  • Efipiartroses ou sela – forma de sela de montar (ex. clavícula, esterno e primeira cartilagem costal)

Discordantes – apresentam algo na articulação para que os ossos concordem

  • Meniscartroses – apresentam uma fibrocartilagem que aumenta a superfície articular e a torna mais côncava (ex. joelho)
  • Heteroartroses – (ex. entre atlas e áxis)


Esqueleto humano

O esqueleto humano tem como função principal sustentar e dar forma ao corpo, mas também proteger determinados órgãos vitais, como, por exemplo, o cérebro, que é protegido pelo crânio, e também os pulmões e o coração, que são protegidos pelas costelas e pelo esterno.

    Os ossos do corpo humano variam de formato e tamanho, sendo o maior deles o fêmur, que fica na coxa, e o menor o estribo que fica dentro do ouvido médio.

    É nos ossos que se prendem os músculos, por intermédio dos tendões.

    O esqueleto feminino difere um pouco do masculino, como, por exemplo, na pélvis, cujo formato favorece a saída de um bebê do ventre da mãe.

    Fazem parte também do esqueleto humano, além dos ossos, os tendões, ligamentos e as cartilagens.

    Funções em geral dos ossos incluem sustentação do corpo, locomoção, proteção dos órgãos vitais (como o coração, pulmão e encéfalo), produção de células sanguíneas e reserva de cálcio.

    Tipos de ossos

  • Ossos longos: O comprimento predomina sobre a largura e a espessura. As extremidades são chamadas de epífises: proximal (mais próximo do cíngulo)e distal, o corpo do osso é chamado diáfise. Ex: fêmur, tíbia, rádio, ulna.
  • Ossos curtos: Têm equivalência em todas as suas dimensões. Ex:ossos do carpo e ossos do tarso.
  • Ossos sesamóides: Todo o osso que se desenvolve no interior de alguns tendões. Ex: patela.
  • Ossos laminares (que faz cair em desuso o termo plano): Têm o comprimento e a largura maior que a espessura. Ex: escápula, ilíaco, costelas, etc.
  • Ossos irregulares: Não têm equivalência em nenhuma de suas dimensões. Ex: vértebras, sacro, etc.
  • Ossos pneumáticos: Ossos irregulares localizados no crânio e que apresentam cavidades que contém ar. Ex: frontal, esfenóide, maxilar, etc.
  • Curiosidades

  • Os ossos já estão presentes desde as primeiras semanas de vida no útero materno e ficam completamente formados por volta dos 25 anos de idade.Mas a parada do crescimento é na adolescencia, quando entram os hormônios da pulberdade
  • Os bebês nascem com estruturas entre alguns ossos do crânio, chamadas fontanelas, popularmente chamadas "moleiras". São estruturas frágeis que com o passar dos anos tendem a desaparecer. Existem para permitir a passagem do bebê pelo canal vaginal no parto e crescimento do encéfalo.
  • Enquanto o esqueleto de um indivíduo adulto é formado geralmente por 206 ossos, o de um recém nascido tem 270.

Estrutura óssea

O osso é formado por matriz óssea e por células, sendo estas os osteócitos, que situam-se dentro da matriz óssea, os osteoblastos que produzem a parte orgânica da matriz, e os osteoclastos que participam da remodelação óssea.

Osteócitos

Os osteócitos estão dentro da matriz óssea; há comunicação entre os osteócitos por onde passam pequenos íons, esta característica é essencial para a manutenção da matriz, quando esta célula morre há reabsorção pela matriz.

Osteoblastos

Os osteoblastos são responsáveis pela produção da parte orgânica da matriz, ou seja, colágeno tipo I, proteoglicanas e glicoproteínas. Concentram fosfato de cálcio e participam da mineralização óssea. Quando forma a matriz, ao redor do osteoblasto e que não esta calcificada ainda, chama-se osteóide.

Osteoclastos

São células gigantes, intensamente ramificadas. Elas secretam para dentro da matriz óssea íons de hidrogênio, colagenases e hidrolases, digerindo a matriz óssea e dissolvendo os cristais de sais de cálcio. A atividade desta célula é comandada pela calcitonina e paratormônio.

Matriz Óssea

É uma substância do tecido ósseo onde encontramos lacunas onde situam-se os osteócitos, ela é constituída por uma parte inorgânica e outra parte orgânica. A parte inorgânica é principalmente constituída por íons de cálcio e fósfato, mas podemos também encontrar íons de potássio, magnésio, citrato, sódio e bicarbonato. O cálcio e o fósfato formam cristais que estudo de difracão de raios-x mostram ter uma estrutura de hidroxiapatita. A parte orgânica da matriz e constituída por grande quantidade de fibras colagenas de tipo I (95%) e uma pequena quantidade de glicoproteínas e proteoglicanas. A dureza e a resistência do osso deve-se a associação das fibras colagenas de tipo I com hidroxiapátita.

Estrutura óssea Definição
Diáfise A principal parte do corpo de um osso longo é longa e relativamente reta; região de ossificação primária. Também conhecida como corpo
Epífise A região terminal de um osso longo; região de ossificação secundária.
Linha epifisária No osso longo é um fino disco de cartilagem hialina que é posicionado transversalmente entre a epífise e a metáfise. Nos ossos longos dos humanos, a linha epifisária desaparece por volta dos vinte anos.
Cabeça A extremidade articular proximal de um osso.
Metáfise A região de um osso longo encontrada entre a epífise e a diáfise.
Colo A região do osso entre a cabeça e o corpo.